METAS de um viciado em parques - Quais as suas?

Nas minhas conversas diárias com amigos, colegas de trabalho, pessoas do meu convívio, não raro eu escuto eles falarem sobre pequenas “metas” pessoais. Alguns dizem que querem fazer “x” gols nos jogos de fim de semana com a galera, outros querem conhecer todas as baladas possíveis da cidade em que moram, ainda outros querem conhecer tantas cidades em suas viagens. Engraçado, eu não penso em nada disso.

Minhas metas são diferentes. Penso em quantas Montanhas-Russas quero conhecer pelo mundo... Quantos parques brasileiros quero visitar no próximo ano... Quantas idas em um mesmo ride quero ir em uma única visita a um parque específico... Será que sou louco?

Sim, sei que sou. Louco por parques, louco por montanhas-russas, louco por emoção.

Recentemente eu atingi uma dessas minhas metas: completar 100 voltas na Fire Whip, no Beto Carrero World.

Na minha vida, já fui em diversas montanhas-russas (muitas das quais estão no meu TOP 5 das preferidas), como a Montezum (talvez a que eu mais tenha ido na minha vida por ter ido ao Hopi Hari mais de 20 vezes, mas não tenho como contar quantas voltas dei nela), a Katapul, Looping Star, Boomerang... Mas nunca contei vezes fui em cada uma. Com a Fire Whip, porém, foi diferente.

Desde que me conheço por gente, meu sonho era ir em uma montanha-russa invertida. Mas pensava ser um sonho distante, visto que não via esperança alguma de uma dessa vir para o Brasil tão cedo. Mas me lembro como se fosse ontem o meu irmão contando que nosso querido “Tio Beto” tinha comprado uma SLC... Quase não cabia em mim de tanta alegria!

Na época, porém, eu morava em São Paulo. E minhas férias iriam demorar para acontecer... Então, eu comecei a contar os dias, semanas, meses até chegar Agosto de 2009 (8 meses depois da inauguração), quando pude viajar para Santa Catarina, e experimentar a sensação de dar piruetas no ar em alta velocidade, com os pés soltos... *-*

VÍCIO talvez seja a melhor palavra para descrever o que senti depois.

Eu precisava ir de novo. E de novo. E de novo. E de novo.

No mesmo dia, fui mais 7 vezes. E no dia seguinte, mais seis. E percebi que poderia então começar a contar quantas voltas eu tinha dado no total. Depois que me mudei para Blumenau, Santa Catarina, a poucos quilômetros dessa fantástica Montanha-Russa, a contagem começou a acelerar. E estabeleci a meta de completar 100 voltas nela.

Cada visita ao parque rendia mais 5, 6, 8, 10 voltas. Até que cheguei na 99ª volta... No mesmo dia, eu poderia completar a 100ª. Mas não quis. Teria que ser um dia especial, um dia apenas para dar esta tão esperada volta. E no meu assento preferido: o primeiro. E assim foi...

Completei, finalmente, esta singela mas emocionante meta!

Pra ter uma idéia do que isso significa...

Nessas 100 voltas, eu:

- Fiquei de ponta-cabeça 500 vezes...

- Andei o equivalente a distância de 68,9 km...

- Estive nela o equivalente a 2h40min (1min36seg por ciclo)...

Para muitos, parece bobagem. Mas para mim, foi um marco na minha vida. Exagero meu? Talvez. Mas a vida de exageros é mais divertida!

Agora, ainda não defini qual minha próxima meta.

Temos maravilhosas candidatas para serem meu próximo alvo: A Sky Mountain, no Mirabilândia, a 10 inversões do Hopi Hari, e a ex-Chiller, no Beto Carrero World (que me faria ter que contar cada lado como uma montanha-russa diferente).

Não importa qual seja a escolhida. Minha meta principal já está determinada há anos: continuar a me divertir, sentir emoção e a frequentar essas fábricas de sonhos que são os parques de diversão. Minha meta é continuar sendo este viciado em parques. E isso que mais importa. Este é meu sonho. Esta é minha vida. Este é meu mundo.